Resumo: Livro – Esboço deTeologia Sistemática de A. B Langston
Estudos preliminares
Há certos estudos que não pertence
propriamente a teologia sistemática; mas, por estarem muito relacionadas e
muito próximas ao estudo da teologia, é necessário entende-las para uma maior compreensão
do estudo de Teologia sistemática.
1- Religião
È necessário que se entenda melhor
sobre religião, pois dela depende a teologia. Sem o entendimento claro de uma,
não podemos entender a outra. Consideramos então religião:
1.1 Definição. È a vida do homem em suas relações sobre humanas, a
relação entre o homem e DEUS, o criador, poderoso, invisível e autoridade
suprema que está acima do homem, do qual o mesmo é capaz de ter comunhão.
A religião é vida em DEUS, o homem
dependente de um poder, responsável por uma autoridade e adaptável a uma
comunhão intima com uma realidade invisível. Toda essa idéia exclui o fato de
que a religião é doutrina.
Religião vem da própria constituição
do homem. Somos essencialmente religiosos. Como prova disso, é o fato de toda
tribo em todos os lugares do mundo, mesmo sendo a mais distinta e mais distante,
encontra-se algum tipo de culto ou idéia religiosa. A religião é tão natural
quanto, beber, comer, o amor, a saudade. Este fato serve para demonstrar e
provar que sempre se encontra necessidade de religião e relacionar-se com o Ser
Supremo.
Muito grave é o fato de se confundir
religião com as suas manifestações como aconteceu com os fariseus na bíblia. È
verdade sim que a religião envolve culto, sacrifício próprio, e oração, mas
essas coisas não formam a essência da religião, pois são apenas manifestações
do espírito religioso. A glória da religião não se acha nas coisas em que
fazemos, mas sim na realidade de um DEUS bondoso e misericordioso, e assim ter
plena comunhão com Ele.
A Religião é então vida em DEUS, vida
que se manifesta em todos os nossos atos e em todas as nossas relações.
2- Relações Entre Teologia e Religião
A teologia estuda aquilo de que a
religião é a realidade. Como vimos, a religião é vida em DEUS, vontades e
afeições. A vida religiosa envolve o homem e todo o seu ser, e suas
experiências com DEUS no decorrer de sua vida constituem a sua teologia. Teologia
é, portanto, necessária e natural.
O homem não pode deixar de ter uma
teologia, Além das nossas experiências, a nossa teologia consta também de
revelações de DEUS. DEUS é muito mais do que podemos experimentar. Se nossa
teologia for simplesmente experiências, ela seria muito deficiente.
A teologia é então, um estudo acerca
de DEUS, baseado na sua experiência com e na revelação Divina. Trata-se não só da pessoa de DEUS, mas também das suas
relações com o universo.
3- Revelação
Entendemos que a revelação é a
manifestação que DEUS faz de si mesmo ao homem. Esse modo de definir revelação
acentua que o que se revela é o próprio DEUS, e não algo relacionado a DEUS. Na
revelação, DEUS faz-se conhecido dos homens nas suas personalidades e relações.
Revelar é informar, e é exatamente o que DEUS tem feito. Em salmos 103:7 diz:
“Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de
Israel”.
A revelação não tem por fim a
simplesmente informar o homem a cerca de DEUS, mas também descobrir DEUS ao
homem. DEUS quer que o homem o conheça; daí a razão dele ter se revelado.
4- O objetivo da Teologia Sistemática
Pretendemos selecionar fatos das
quais nos façam conhecer mais a DEUS, suas relações com o universo e
organizá-los num sistema racional. Não se encontra na bíblia uma teologia
sistemática já feita e ordenada, mas encontram-se fatos das quais podemos
organizar, dar forma, e sistematizá-las.
O fim, portanto da teologia
sistemática, mão é criar fatos, mas sim descobri-los e organizá-los em um
sistema, estudando a teologia, os pensamentos de DEUS, as experiências dos
melhores homens que sempre existiram.
5- A Possibilidade de Termos uma Teologia
A possibilidade de termos uma
teologia baseia se em três grades verdades, a saber:
·
Deus existe e tem relações com o mundo;
·
O homem é feito a imagem de DEUS, e é capaz de
receber e entender o que DEUS revela;
·
Deus tem se revelado.
Se DEUS existe, e tem se revelado ao
homem que é capaz de receber a sua revelação, concluímos que é possível existir
a teologia sistemática.
6- A Importância do Estudo
È muito importante o estudo da
teologia sistemática, estudar com exatidão alguma coisa a cerca do mundo, do
universo, do homem, de Cristo, da salvação e em suma, se informar de tudo o que
seja de primordial interesse do homem, que tem por foca, aprender de DEUS. Fora
das relações de DEUS não se encontra tal conhecimento, por isso baseamos o
nosso estudo naquilo que DEUS tem revelado ao homem.
7- Fontes da Teologia Sistemática
De toda a parte vem o material. Temos
que aprender tudo aquilo que possa nos ensinar um pouco mais a respeito de
DEUS, e de suas relações com o mundo. O material da teologia pode vir portanto,
de toda criação.
- A Revelação Cristã - Fonte da Teologia Sistemática
Entendemos que a revelação cristã é a
manifestação de DEUS na pessoa e no trabalho de JESUS CRISTO, e a sua
preparação para a sua vinda. Mas as revelações mais ricas e mais espirituais se
encontram em CRISTO JESUS, no que Ele era no que disse e no que fez.
8.1 – A maneira por que se efetuou a
revelação. Podemos dizer que a revelação foi feita na vida. Esta é a revelação
completa e perfeita. A revelação consta mais do que DEUS fez do que daquilo que
disse
Em êxodo 4:2-8, Deus revelou-se a
Moisés por meio de atos, quando transformou o seu cajado em cobra e a sua mão
sã em uma mão leprosa. Outro exemplo claro se encontra em João 2:14-16 que deve
ser linda.
Portanto, a revelação de DEUS não se
fez primeiramente nas escrituras e depois na vida, mas, pelo contrário, DEUS se
manifestou primeiramente na vida e depois nas escrituras. Por exemplo, a
revelação no livro de êxodo operou-se, antes de tudo, na vida daquele povo. Se
tirarmos do velho testamento, tudo o que DEUS fez e se revelou pela vida dos
seus servos, veríamos reduzido a um volume ininteligível.
Quando DEUS se revelou em CRISTO
JESUS, seguiu o mesmo método. Já que de tal forma, pensamos que a revelação de
DEUS só se pode achar através das escrituras, que julgamos que não havia
revelação antes das escrituras. Porém não é assim. A revelação fez-se
principalmente pela vida dos servos, dos profetas, de JESUS CRISTO o seu filho,
e dos apóstolos. As escrituras são o resultado
desta revelação. Contudo, concluímos então que a revelação está completa em
CRISTO, e que nele se encerra tudo o que tinha que manifestar ao mundo. Sabendo
porém, que DEUS não se limitou somente a este meio, mas também se revelou de
outros modos, como podemos ver em Hebreus 1:1.
8.2 – A maneira de conservar a
revelação. Sabemos que o veiculo principal da revelação é a vida, especialmente
a vida de JESUS CRISTO. Então, vamos considerar o assunto de como DEUS conservou
essa verdade pura, revelada em seus servos e em Seu filho unigênito.
8.2.1 – Como se conservou a
revelação. A melhor maneira de preservar a verdade é reencarná-la. A verdade
viva é a única verdade garantida. DEUS desde o principio, sempre procurou encarnar
a verdade no coração dos seus filhos. A encarnação de JESUS é a culminação de
todo este processo. Deus sempre exigiu de seus escolhidos que viessem a
praticar a verdade.
Sabemos que os primitivos cristãos
não possuíam o novo testamento; tinham, porém, a revelação de DEUS através de
JESU CRISTO e preservada na sua vida. E realmente as doutrinas básicas do
cristianismo não foram dadas tanto para objeto da nossa crença mais também como
objeto da nossa experiência.
Se DEUS não tivesse encarnado a
verdade em seus servos, apóstolos, profetas em geral, não teríamos hoje da
verdade a porção preciosa que possuímos.
8.2.2 – A revelação conservada na
bíblia. A revelação está também revelada na bíblia que significa coleção de
livros. E, sem duvida alguma a mesma verdade revelada e conservada na vida, é a
que temos nas escrituras.
A bíblia é dividida em duas pastes, Velho testamento e Novo testamento. O velho testamento é quem contém os livros da lei,
dos históricos, proféticos, poéticos; são enfim a soma de toda a literatura
sagrada do povo hebraico; o novo testamento que consta dos quatro evangelhos,
que tratam da biografia de JESUS, dos apóstolos e cartas dos apóstolos ás
igrejas. Esta é a literatura primitiva do cristianismo. È também um livro por
excelência.
A revelação é à base das escrituras.
DEUS serviu-se dos israelitas para manifestar-se ao mundo, e que ao completar a
plenitude dos tempos, enviou o seu único filho, a fim de consumar a revelação
já começada.
DEUS é nosso pai, e a bíblia, sua
serva, que no-lo revela. JESUS é o Salvador, e a bíblia o seu servo que nos
leva a seus pés. O espírito santo é o Ensinador, a bíblia é o seu compêndio.
Como diz o salmista: “A palavra do SENHOR é uma lâmpada para os meus pés, e luz
para os meus caminhos.
9- Fontes de Teologia fora da Revelação Cristã
A teologia é um estudo tão vasto, que
abrange além da revelação cristã, abrange o homem, a sua constituição, a sua
vida, a história e enfim o universo todo. Temos além da bíblia o livro da
natureza que também nos revela a cerca de DEUS.
9.1 – o homem, uma das fontes de
teologia sistemática. Na ciência da religião é o homem peça de grandíssima
importância, pois é dele que vêm as experiências religiosas e a quem pertencem.
Ainda mais, sendo o homem semelhança de DEUS e é quem pode nos fornecer dados
mais preciosos a Seu respeito. È do homem que devemos descobrir as coisas mais
sublimes a cerca de DEUS, por isso foi feito a imagem e a semelhança Dele.
Estudando o homem, a vida particular de cada pessoa, podemos aprender lições valiosas
a cerca de DEUS. Como por exemplo, a relação de pai e filho, entre esposos, pode
mostrar coisas valiosíssimas a respeito do que DEUS tem para revelar ao mundo.
9.2 – O universo, outra fonte de
teologia sistemática. Compõe-se de muitos sistemas de mundos. O mundo em que
vivemos é um dos menores planetas. A bíblia diz que os céus declaram a Glória
de DEUS e o firmamento anuncia as suas obras. O universo, portanto é uma fonte
abundante para a teologia sistemática, pois é obra das mãos de DEUS. A ciência
enriquece a idéia que temos do universo, e ,
ao mesmo tempo, a idéia de DEUS.
A Doutrina de DEUS
1- Os Atributos de Deus
Segundo a idéia cristã, DEUS é
espírito pessoal. DEUS possui, portanto, os poderes essenciais a um espírito,
que são: pensas, querer e sentir. O ser que se compõe desses poderes, procede
de certas qualidades morais. As coisas que atribuímos a este Ser chamam-se
atributos, que quer dizer uma qualidade atribuída a este Ser, que no caso de
DEUS, tem seus atributos que são: Modos de atividade e qualidades do seu
caráter.
Os elementos componentes constituem o
Ser; os atributos revelam o ser. Deve-se notar então que os atributos não são
DEUS, mas são os modos e as qualidades dEle.
Segundo a nossa definição, DEUS é
espírito pessoal, perfeitamente bom, que em santo amor criou, sustenta e
governa tudo; mas não podemos dizer q ele é onisciências, onipresença e etc.
porque isto representa senão o modo de Ele agir.
A vontade não é atributo; a
santidade, porém, que é uma das maneiras porque se manifesta a vontade na ação,
é um atributo de DEUS. DEUS existe como um espírito pessoal e seus atributos
lhe são inerentes, porque representam o seu modo de proceder e as suas
qualidades morais, do qual também possui uma personalidade de vida.
Deus é vivo e é fonte de vida. A vida
é indefinível, mas ao mesmo tempo é bem conhecida por suas manifestações.
Este DEUS vivo, portanto, é um DEUS
que tem existência própria, isto é, tem em si mesmo a fonte de vida. Não houve
quem originasse a vida em DEUS, e não há quem possa lhe tirar a vida, porque
ele tem existência própria e é eterno desde a eternidade até a eternidade.
2- Atributos Naturais
2.1 – Onipresença. Por onipresença
não se deve entender que DEUS enche o espaço como faz o universo. A relação de
DEUS com o espaço na é a mesma que existe entre este e a matéria. Não podemos
afirmar que DEUS está em toda a parte. Sendo DEUS espírito não ocupa espaço, só
a matéria ocupa espaço. O espaço não existe para DEUS.
Como da mesma maneira é errôneo
pensar que DEUS está dentro de tudo. Se DEUS estivesse em tudo, todas as coisas
teriam vida divina, da qual, sabemos que não é assim.
A verdadeira idéia da onipresença de
DEUS, é que ele age com a mesma facilidade com que pensa e quer, porque para
DEUS não há espaço nem tempo. DEUS age sem precisar sair de um lugar a outro.
DEUS está relacionado com tudo, e com isso, que havendo necessidade de agir,
Ele age sem qualquer trabalho.
2.2 – Onisciência. A onisciência está
muito próxima com a onipresença. Como em sua onipresença de não haver surpresas
para DEUS, também em sua onisciência não há desconhecido. DEUS sabe de todas as
coisas e não há nada q ele não possa explicar. A doutrina da onisciência é
essencial para uma religião verdadeira, porque se DEUS não soubesse dirijir o
universo ou não soubesse ensinar o plano de salvação e responder as nossas
suplicas, seriamos criaturas infelizes.
2.3 – Onipotência. O que entendemos
por onipotência moral, é que DEUS é tão poderoso que não pode praticar o mal e
nem sequer pode ser tentado. Ele não pode mentir, enganar, nem deixar de
cumprir suas promessas. Praticar o mal, é ser fraco; é carência de poder moral.
Quem pratica o mal é por ele vencido e se torna escravo dele. DEUS, porém não é
assim, pois tem o poder de não praticar o mal e nem pode ser por ele tentado.
Que Maravilha!
2.4 – Unidade. Somados os atributos
de DEUS, temos uma idéia da sua unidade
porque, temos na onipresença, temos DEUS presente em todas as coisas; na
onisciência, temos a mente divina incompreensiva, conhecendo todas as coisas;
na onipotência, temos um só poder dirigindo todas as coisas. O DEUS vivo é, portanto,
é um SER único que nos manifesta diferentes modos de sua existência.
2.5 – Infinidade. Revela-nos ainda
mais, estes atributos, a infinidade de DEUS; DEUS é onipresente porque não pode
haver limites á sua presença; é onisciente porque a sua sabedoria se estende
sobre todas as coisas, e é onipotente porque pelo seu poder, guia e dirige
todas as coisas. È assim que chegamos a idéia da infinidade de DEUS e concluímos
dizendo. Deus é infinito.
2.6 – Imutabilidade. Significa que em
DEUS não há mudança alguma. Ele não muda de propósito, de pensamentos, nem de
natureza, DEUS é sempre o mesmo.
3- Atributos Morais
3.1 – Santidade. È a santidade gloriosa da excelência moral de DEUS,
principio básico de suas ações e aferidor único de suas de suas criaturas.
3.1.1 – A santidade em relação a DEUS. A santidade é a perfeita bondade de
DEUS , ou, soma das suas qualidades morais.. DEUS é perfeitamente bom, e não
contém defeito algum. È também o aferidor pelo qual se ajustam o caráter do
próprio DEUS e o nosso.
3.1.2 – A santidade de DEUS em relação ao homem. Podemos em torno dessa
subdivisão do tópico SANTIDADE expender as seguintes considerações:
a- A santidade determina o alvo de DEUS. Determina o alvo para onde
DEUS tem em vista, conduzir o universo,
b- DEUS exige Santidade. Desde que a santidade determina o fim da criação,
DEUS exige que sejam santos e bons todos os seres capazes de santidade de
bondade. DEUS é Sant e exige que sejamos santos como Ele é Santo.
c- A natureza de DEUS é oposta do pecado. De tudo que foi dito, fica
claro que DEUS é inteiramente oposto ao
pecado. O pecado é contrario as coisas de DEUS, portanto, Não há e nem pode
existir aliança entre DEUS e o pecado.
3.2 – A justiça de DEUS. A justiça de DEUS quer dizer muito mais do que
simplesmente castigo, porque ele só não garante a punição, como também garante
patrocínio aos bons. DEUS sempre faz o que é certo, de acordo ao seu caráter.
3.3 – Amor. Uma das declarações supremas da revelação cristã é que DEUS é
amor. O amor de DEUS é um amor perfeito,
4- Santidade e Amor
Amor e santidade são bem semelhantes.
A relação é intima, mas, ao mesmo tempo diferem entre si. DEUS não seria santo
se não fora amor, e não seria amor se não fora santo. O amor oferece santidade
e a santidade baseia-se no amor. Quando DEUS em Seu grande amor quer dar-se ao
homem, ele quer dar santidade ao homem porque ele é santo. E quando o amor
insiste com o homem em que aceite a dádiva, está insistindo que ele aceite a
santidade.
A Doutrina de DEUS
Provas da Existência de DEUS
1. Considerações preliminares. Já definimos o DEUS revelado por
JESUS CRISTO, e desejamos agora expor as razões porque cremos na sua existência.
2- O Universo Prova a Existência de DEUS
A existência do universo nos dá duas alternativas
que se deparam: Ou o universo é uma criação sustentada e dirigida por um ser
inteligente ou oponente, ou é produto de uma evolução própria.
2.1 – Consideramos pois, em primeiro
lugar, de que o universo veio por si próprio, por formas de elementos
diferentes chamados de átomos, que por eles formam-se todos os seres.
2.2 – E em segundo lugar considerando
de que tudo o que existe é criação de DEUS. È impossível aceitar a ultima idéia
de que tudo se criou sozinho. Para afirmar a existência da matéria teremos que
afirmar também que sua existência foi dada por outro ser já existente, isto é,
temos que considerar que a matéria é como efeito e não como causa primária.
DEUS é a grande causa do universo.
3- A História Universal Prova a Existência de DEUS
Nenhuma duvida pode haver sobre o
fato de que em todos os lugares, em todos os tempos, entre todos os povos, tem
havido uma crença na existência de DEUS.
Desde os primórdios da história, as idéias
a cerca de DEUS tem sido mais freqüentes e preponderantes na vida dos homens
desde os mais primórdios da terra.
4- As Percepções Humanas Provam a Existência de DEUS
Nossas percepções são divididas em 3
classes: percepções do mundo objetivo, ou das coisas que nos rodeiam;
percepções do mundo subjetivo, ou do nosso próprio ser; e percepções do mundo
espiritual, ou percepções religiosas. Se não há nada diante da mente nada se
percebe, e não se pode ter percepção do nada, mas sim, das coisas que já
existem. Se não existisse a arvore não poderíamos ter percepção de que ela
existe. A percepção de uma árvore prova que ela existe. Assim também são as
percepções de DEUS, Ele é o objeto que produz toda percepção do homem. Ele é a
causa, a percepção é o efeito. Se ele não existe, temos um efeito sem causa,
uma percepção sem o percebido, o que é absurdo. Os homens tem percebido DEUS,
portanto, DEUS existe.
5- A Fé Prova a Existência de DEUS
A fé não é um argumento vão, porque a
fé, sobre ser o alicerce de toda a vida, é também o alicerce de toda a ciência,
que também se baseia na fé. A fé é a base de toda a vida social, comercial e
religiosa. Como a fé descobre necessidades físicas e intelectuais do homem e
induz a procurar a sua satisfação, de igual maneira opera no mundo espiritual,
então o homem todo pela fé, conhece que há pão para o corpo, que há verdade
para a mente e DEUS para a alma.
6- A Experiência Cristã Prova a Existência de DEUS
Se o pão existe, a fé nos leva a
comê-lo, devemos encontrar nesta experiência alguma coisa que testifique a
existência do pão. A experiência cristã prova indiscutivelmente a existência de
DEUS, o que o nosso espírito aceita com segurança e como verdade. Até os não
crentes testificam destas experiências dos crentes com DEUS. OS fariseus
admiravam das transformações operadas na vida dos apóstolos, e davam, na
verdade, uma excelente explicação, assim reconhecendo o evangelho.
7- Objeções às Provas a Existência de DEUS
Há duas objeções gerias contra a
crença na existência de DEUS. A primeira é de origem intelectual; a segunda,
moral.
7.1 – Objeção intelectual. Parte
daqueles que observando o mundo, é desnecessária a existência de DEUS. DEUS
governa o universo segundo as suas leis, e o motivo porque há tanta lealdade,
tanta obediência a todas as leis é porque há um governador onisciente e
onipresente
7.2 – Objeção moral. È a mais séria e
baseia-se da presença do mal no universo. Dizem que se ele é onisciente e
onipotente, logo na é bom. E se é bom e onipotente porque não acabar com as
injustiças, guerras e misérias do mundo?
Dizem que deve-se a impotência ou ao
seu indiferentismo. Seja como for não devemos culpar a DEUS pelos erros de
Adão, quando escolheu fazer o mal. Todas as coisas criadas existem para o bem dos
homens, e acontece que pelo seu mau uso, lhe tornam em mau.
A relação de DEUS com o universo
1- DEUS é a Origem do Universo
As escrituras sagradas declaram e
afirmam que DEUS criou o universo. Portanto, o universo não tem existência
própria. Não é eterno, teve o seu começo e consequêntemente o seu fim. Não há
como saber quando o universo foi feito, e se descobríssemos seria muito bom. A
bíblia apenas diz que “No principio criou DEUS os céus e a terra.
2- DEUS é um Espírito Livre Maior do que o Universo
Se DEUS é o criador do universo, logo
ele é maior do que o universo. Se ELE é maior que o universo encerra-se duas
verdades preciosas da Teologia: A imanência e a transcendência. DEUS, é tão
grande o seu poder que ao invez d ocultar ele transcende de tudo. È verdade
porém, que DELE, por ELE, para ELE são todas as coisas.
3- DEUS Governa o Universo por um Método Uniforme
Método uniforme é lei. Onde é
empregado algum método uniforme ali sempre há uma lei. Então, quando dizemos
que DEUS governa tudo em um método uniforme, queremos dizer também que ele
estabeleceu leis segundo as quais ELE dirige todas as coisas.
4- DEUS tem um Propósito Espiritual Para Com o Universo
A melhor definição para apresentarmos
estes propósitos espirituais que DEUS para com o universo seria: O propósito de
DEUS em criar, sustentar e dirigir o universo é criar espíritos livres, capazes
de bondade, e trazê-los em intima comunhão consigo mesmo. Tudo tem por fim a
Glória de DEUS e a salvação do homem.
5- DEUS, como Criador, Tem o Direito de Governar o Universo Todo
Se DEUS é criador de tudo, tudo
depende dele. A criação depende do criador. Por isso DEUS tem todo o direito
desde governar toda a criação desde o reino mineral até o reino moral. A
natureza de DEUS sobre os demais reinos abaixo do reino moral é governo
absoluto. Só existe uma única vontade – A vontade de DEUS. Não há entre homem
autoridade que se compare a de DEUS. A soberania de DEUS é a única, e eterna, e
ela não há de existir enquanto existir a relação entre o criador e a criatura.
7- DEUS Governa Diretamente Todo o Universo, exceto a parte referente aos seres morais
Abaixo do reino moral não há outra
vontade além da vontade de DEUS. DEUS criou seres morais, seres livres, os
homens. DEUS lhe deu vontade própria.
Concluímos então que, a vontade de
DEUS, em relação aos seres livres, não é vontade absoluta. DEUS não obriga
ninguém a fazer a sua vontade , porque ele quer que o homem a faça
voluntariamente
Por Jamille Donato.
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